sexta-feira, 28 de novembro de 2008
energia
Hoje vou pro mato
senão, me mato
vou pro morro
subir, descer
cachoeirar
ontem pouca relva
na cidade de pedra
corações vazios
sujos
dilacerados
quanto baque
amanhã brotar palavras
pelo corpo
pela pele
junto a respirações
alinhadas
arejar
terça-feira, 25 de novembro de 2008
É pra ontem!
Eu aqui com o chicotinho
milho, salmôra, pelourinho
Senhora Disciplina
rogai por nós!
Dona Sabotagem
abandona nóis!!!
milho, salmôra, pelourinho
Senhora Disciplina
rogai por nós!
Dona Sabotagem
abandona nóis!!!
Eugenio Barba - Odin Teatret
O amor é tudo que não é morno. O amor é tensão.
Eugenio Barba - As ilhas flutuantes - Ed. Hucitec
sábado, 22 de novembro de 2008
Das Mulheres - 4
Eu ouvi o coração da mulher dizer à ela:
Eu poderia dizer à Ele que se ele me quer
se ele acha bom meu coração e o dele juntos...
eu espero
porque se a gente sabe que é bom
a gente sabe que é bom esperar
e a gente consegue
mas, assim sem saber
faz só a gente sofrer
O coração dela mandou perguntar então à ele
se era caso de esperar
mas ela não foi, não
agiu sem coragem
deixou o coração de lado
e a mente dominou a mulher
então eu vi
o coração dela paralisar
e ficou lá
com aquela tristeza
em movimento
Onde ela ia
a tristeza também ia
ia na feira, na escolha das frutas e legumes
ia na chuva que ela viu cair
ia no sonho, ia no banho
ia no falar, no cantar, no comer
era ela e a tristeza
de não ter coragem
e o coração lá
daquele jeito...
Eu pude ver.
O aferidor - Manoel de Barros
Tenho um Aferidor de Encantamentos
A uma açucena encostada no rosto de uma criança
O meu Aferidor deu nota dez.
Ao nomezinho de Deus no bico de uma sabiá
O Aferidor deu nota dez.
A uma fuga de Bach que vi nos olhos de uma criatura
O Aferidor deu nota vinte
Mas a um homem sozinho no fim de uma estrada
sentado nas pedras de suas próprias ruínas
O meu Aferidor deu DESENCANTO.
(O mundo é sortido, Senhor, como dizia meu pai)
Extraído de / ensaios fotográficos / ed. Record
dedicado a duas pessoas essa postagem
para minha amiga Sol e à MLGF
domingo, 16 de novembro de 2008
Paulo Leminski - 3 poemas
O passarinho
volta até a árvore
que não mais existe
meu pensamento
voa até você
só pra ficar triste
...
Nada foi
feito o sonhado
mas foi benvindo
feito tudo
fosse lindo
...
aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar
o mar
não parou
pra ser olhado
foi mar
pra tudo quanto é lado
volta até a árvore
que não mais existe
meu pensamento
voa até você
só pra ficar triste
...
Nada foi
feito o sonhado
mas foi benvindo
feito tudo
fosse lindo
...
aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar
o mar
não parou
pra ser olhado
foi mar
pra tudo quanto é lado
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Mirando flôres
domingo, 9 de novembro de 2008
ela disse...
Ela foi à Av. PAulista encontrar filha e neta
ao chegar lá
27 mini bandas, mini shows
27 macro sons, macro vidas
expostas
escancaradas
sol, luz
gente
muita gente
ao que ela
constatou:
-se a gente fica em casa nem imagina que há tanta gente assim nas ruas!
Linda, saltou por sobre a depressão de domingo
compartilhou seu espírito intenso
Lindos seres cantavam em formas diversas
promoção do Jornal
em 5 quarteirões
27 shows
uma festa
e eu também reflexionei:
_O Mundo pode ser um lugar legal. Coloco novamente meus binóculos na sacola de sair.
Pela manhã, ao som do tango com o grupo Uruguaio no Museo a Casa Brasileira já dizia:
_ O Mundo é bom! Eita, São Paulo, festa boa!
sábado, 8 de novembro de 2008
apaziguar
Coração apaziguado
ao som de Maria João em José embala o menino
um lamento
uma meditação
uma transcendência
um agradecimento
por você rechear a minha vida
coração apaziguado
José embala o menino
Carlos Mendes
José embala o menino
Que a senhora logo vem
Foi lavar os cueirinhos
À fotinha de belém
Que tem o nome da mãe
Nunca passa sem cantar
Quantas vezes ela canta
Com vontade de chorar
ao som de Maria João em José embala o menino
um lamento
uma meditação
uma transcendência
um agradecimento
por você rechear a minha vida
coração apaziguado
José embala o menino
Carlos Mendes
José embala o menino
Que a senhora logo vem
Foi lavar os cueirinhos
À fotinha de belém
Que tem o nome da mãe
Nunca passa sem cantar
Quantas vezes ela canta
Com vontade de chorar
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
....sobre Eles - 3
Ele nem queria ser assim
queria ser mais isso e aquilo
diferente
Ele está com coragem
Assim ela também não o queria
ela sabia
mas tava comprando o pacote
Não ia dar pra continuar
ela declarou pra amiga hoje a tarde
que havia puxado o freio de mão
e incrível
ele também não se queria assim
sincronia
e puxou o freio
e agora coragem
pra abrir mão
deixar ir
que ele quer ser outro
e não que seja pra ela
ele será pra ele
ela... acreditar de novo
no novo
porque ela
quer parear
assim como seu pai de 70 anos
acredita no par
fonte MLVF
quase morri
Quase morreu
mas deu
mesmo sentindo que podia morrer
de cansaço
de cagaço
foi e deu
deu um jeito de viver
viveu por inteiro
e olha que não era pouca coisa não
mas ela destinada à intensidade e profundidade
deu-se bem
deleitou-se no ato
fonte MLGF
mas deu
mesmo sentindo que podia morrer
de cansaço
de cagaço
foi e deu
deu um jeito de viver
viveu por inteiro
e olha que não era pouca coisa não
mas ela destinada à intensidade e profundidade
deu-se bem
deleitou-se no ato
fonte MLGF
Das Mulheres - 3
Poeminha inspirado em você
http://tokybo.blog.uol.com.br/index.html
Ela é minina
que leva vantagem
mas não conta
as contas de cada dia
Ela é doce mas não é meiga
é bruxa sem vassoura
voa noite adentro
e nos enche de melodias
de manhã tem muito sono
mas fica de vigília
para abraçar o dia
sai sempre cantando
e deixa correr
a folia que envolve sua vida.
Ai que emocionante!!!!
Obrigada por me contar que sou musa de uma musa
Hoje, qdo fostes, senti a doçura dos encontros, como é doce à nossa alma qdo encontramos os semelhantes, os que nos divertem
obrigada Veroca, qdo penso na gente rindo e se aprofundando arremesso por abismo abaixo aquele ditado que diz que a primeira impressão éa q fica, NOssa!!! Entre nós iso é carta fora do caralho (ai , me confundi BARALHO!)
bjs e vou editar no blog
posso, né?
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