domingo, 3 de outubro de 2010

Forjando a Armadura - pós TPM

Forjando a Armadura




Rudolf Steiner




Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me torna pequeno e mesquinho,

que me amarra.

Que não me deixa ser direto e franco,

que me persegue, que ocupa negativamente a minha imaginação,

que sempre pinta visões sombrias.


No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.

Eu quero viver e não quero encerrar-me.

Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.

Quero pisar firme porque estou seguro,

e não para encobrir o medo.


E, quando me calo, quero faze-lo por amor

e não por temer as consequências de minhas palavras.


Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.

Não quero filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.

Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.


Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.

Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável,

por medo de não me sentir seguro no novo.


Não quero fazer-me de importante

porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor, quero fazer o que faço

e deixar de fazer o que deixo de fazer.


Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.

E quero crer no reino que existe em mim.